Apesar do Cinema se alimentar da Música, o certo é que sempre exerceu um fascínio especial sobre os intervenientes desta última. É certo que também existem casos de actores e realizadores que tentaram o mundo da Música (de Scarlett Johansson a Steven Seagall vai um longo caminho), mas são muito mais comuns os exemplos inversos. Mesmo músicos com estatutos e carreiras consolidados acabaram atraídos pelo glamour do star system cinematográfico, almejando igualmente um lugar ao sol no Olimpo da Sétima Arte. E, apesar de alguns exemplos bem sucedidos em ambas as áreas (de Barbra Streisand a Frank Sinatra), o mais comum é vermos os músicos a espalharem-se quando chegam ao Cinema.
As razões que os levam a experimentar a representação são as mais variadas. A mais comum é, claro, a monetária. Afinal de contas, é o dinheiro que faz girar o mundo, não é? O caso mais flagrante foi o de Elvis Presley. O seu representante, o infame Coronel Tom Parker, ao perceber que fazia muito mais dinheiro com um filme do que com um disco, optou por centrar a carreira do Rei do Rock em Hollywood em detrimento da Música, tendo feito mais de 30 filmes em década e meia. Foram todos, uns mais que outros, sucessos de bilheteira, mas são todos títulos bastante esquecíveis, que normalmente são lembrados pelas músicas que Elvis canta e pelo papel que faz do que pelo seu argumento – é aquele em que faz de prisioneiro, o outro que faz de piloto ou aqueloutro que faz de cáuboi. Afinal de contas, qualquer coisa que tivesse o Elvis seria sempre um sucesso, independentemente da qualidade. (…)
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