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Star Wars: Episode IV – A New Hope (1977)

de George Lucas

“Há muito tempo atrás, numa galáxia muito, muito distante…” É assim que começa este Star Wars: Uma Nova Esperança, o quarto episódio da saga criada por George Lucas mas o primeiro a ser escrito e levado ao cinema.

 

Quando o maléfico Darth Vader, o símbolo principal do Império, avança com os planos para destruir a força rebelde, a esperança reside no jovem Luke Skywalker, um rapaz sonhador que, depois da tragédia bater-lhe à porta, segue o seu sonho de se juntar à força rebelde. No entanto, após encontrar Obi Wan Kenobi, um velho eremita há muito escondido, Luke começa a desenvolver as suas capacidades, numa luta contra o Império que mudará a sua vida.

Escrito e realizado por George Lucas, Star Wars é uma saga espacial que mistura influências de mitologia grega, ciência e religião, numa clara e sincera homenagem aos serials que eram tão populares nas décadas de 30 e 40. Tudo isto resulta numa Ópera Espacial, uma espécie de telenovela inter-galáctica que consegue ser pelo meio uma hábil e espirituosa aventura de fantasia.

Para os protagonistas, Lucas recorre a três desconhecidos: Mark Hamill como Luke, Carrie Fisher como a rebelde Princesa Leia, e Harrison Ford como o mercenário Han Solo. Apesar de desconhecidos para a altura, o realizador tem aqui as escolhas perfeitas para as suas personagens. Cada um dos três actores consegue dar vida às futuras personagens icónicas e cedo se percebe que Ford, aqui em início de carreira, seria uma futura estrela. No entanto, nem todos são desconhecidos… O lendário Peter Cushing, uma das caras mais conhecidas dos fimes de terror da britânica Hammer, é um dos vilões de serviço. Como Obi Wan Kenobi, encontramos outro senhor da representação: Sir Alec Guiness, actor oscarizado que, mesmo descontente com o resultado final, dá a vida a Kenobi como mais ninguém o faria.

Apesar do pequeno orçamento e dos vários problemas de produção, outro dos grandes trunfos da obra de Lucas são os efeitos especiais. Estavamos em 1976, não havia, como é óbvio, a possibilidade de recorrer ao CGI para os efeitos mais complicados. Lucas recorre então a efeitos práticos, tudo de forma hábil, tornando-se numa das grandes referências para produções do género. Aliás, o aspecto sujo e realista de Star Wars tornou-se num dos aspectos mais amados por parte dos fãs.

Star Wars estreia em 1977 em poucas salas de cinema americanas. Quase nenhum exibidor queria passar o filme, acreditando que se trataria de algo de pobre qualidade e dirigido a um público específico e pequeno. No entanto, com uma passagem pela Comic Con de San Diego, na altura dedicada apenas a comics, e com várias notícias pela imprensa, uma grande parte do público ganhou interesse em ver o novo trabalho de Lucas. Numa altura em que o género de ficção científica estava moribundo nas bilheteiras (o filme mais rentável do género nos últimos anos tinha sido o clássico de Stanley Kubrick 2001: Odisseia no Espaço), era fácil não ter fé na aventura de Lucas. No entanto, no dia de estreia, filas amontoam-se para comprar bilhete e o êxito torna-se esmagador, acabando por ser o filme mais popular de todos os tempos para a época. Do dia para a noite, Hamill, Fisher e Ford tornaram-se estrelas e todas as dificuldades que Lucas tinha encontrado e enfrentado durante a produção do seu filme de sonho tinham valido a pena.

Surgindo quase do nada, Star Wars: Uma Nova Esperança é uma aventura espacial que resulta a todos os níveis e que acabaria por mudar a indústria de Hollywood para sempre, ajudando a criar os blockbusters modernos e o modelo de marketing que ajudam a vender tais obras. Pelo meio, George Lucas dá origem a um filme intemporal, de passaria de geração para geração e que, tanto na altura como hoje, tem forte presença na cultura popular. Um verdadeiro clássico do cinema!

Comentários

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  1. Depois de ver O Regresso de Jedi no cinema foi só em transmissões televisivas, em versão Pan & Scan mutilada que vi o episódio IV. Uma Nova Esperança, prometia agora George Lucas na re-baptizada A Guerra das Estrelas. E, apesar de não ser o primeiro capítulo da sua planeada saga, foi onde tudo começou na realidade. Com uma personagem central, Luke Skywalker, com que todas as crianças sonhadoras se podiam identificar, lançada para o meio de um conflito em progresso num mundo fantástico mas vivido, complementado por um punhado de personagens indeléveis, Star Wars acerta em todos os requisitos de uma aventura espacial e operática, transformando o seu relutante protagonista no herói salvador da galáxia, lutando contra a encarnação do mal na figura perene de Darth Vader. Decisivo na povoação do meu imaginário seria, sem dúvida nenhuma, o design das naves espaciais. Além da popularíssima Falcão Milenar e dos incontornáveis Tie-Fighters, foi o design da X-Wing que alimentou muitas horas de daydreaming em que me movia no universo do Star Wars sempre ao comando de uma destas naves, numa luta incessante contra as forças do mal. Mesmo em tenra idade reconheci que foi mais tarde que Star Wars ganhou profundidade dramática, mas é inegável o charme do original.

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