Se alguma vez deram convosco a ver um western onde personagens caem (literalmente) de paraquedas na história, tomam substâncias ilegais, bebem demasiado café ou, quiçá, dizem ser Deus, o mais provável é terem visto um acid western.
O termo para este subgénero foi pela primeira vez utilizado por Pauline Kael em 1971 na sua crítica a O Topo, o controverso primeiro filme de Alejandro Jodorowsky (e não num bom sentido), e recuperado em 1996 por Jonathan Rosenbaum na sua defesa de Homem Morto, de Jim Jarmusch. Duelo no Deserto (1966), de Monte Hellman, é geralmente tido como o primeiro exemplo “oficial”, e O Topo, curiosamente, como o seu expoente. Filmes de culto, geralmente um fracasso de bilheteira, estão normalmente ligados a um certo tipo de realizadores mais ou menos underground – além de Jodorowsky e Monte Hellman, tidos como os “pais” do acid western, temos Jim Jarmusch, Robert Downey Jr e Alex Cox como nomes frequentemente associados ao subgénero que, por não estar associado a um movimento coeso cronologicamente, pode provocar alguns problemas de categorização.
in Take 42 – Leia aqui o artigo completo