Ao 4º dia do Festival, uma boa safra de filmes, incluindo Midsommar, O Ritual, do convidado especial Ari Aster, do qual podem ler a minha opinião aqui, bem como a do José Carlos Maltez aqui.
Lords of Chaos (Jonas Åkerlund, 2018)
Tal como é anunciado no arranque do filme, esta é a história da banda de black metal norueguesa Mayhem, inspirada na verdade, na mentira e no que realmente aconteceu. Episódico, como muitas vezes acontece com filmes biográficos, e violento, Lords of Chaos conta uma história inacreditável de igual modo assustadora, divertia e tocante, mesmo para um leigo no que respeita a estas sonoridades.
Get In (Furie, Olivier Abbou, 2018)
Variante surpreendente do lugar-comum do home invasion que acaba a explorar temas como a masculinidade, a raça e os pilares de uma relação a dois. Uma óptima surpresa, apesar do exagero da recta final, em que a violência finalmente emerge em toda a sua glória.
Why Don’t You Just Die? (Papa, sdokhni, Kirill Sokolov, 2018)
Ingredientes:
.Muito Tarantino
.Algum Leone
.Uma pitada de Kar-Wai
.Quantidades exageradas de sangue
.Algum humor duvidoso
Modo de preparação:
.Misturar bem e vigorosamente
Sexta-Feira 13 (Friday the 13th, Sean S. Cunningham, 1980)
Na sexta-feira 13 da 13ª edição do festival, esta era a celebração óbvia e esperada. O subproduto de O Regresso do Mal (Hallowen, John Carpenter, 1978), escrito por Victor Miller e realizado por Sean S. Cunningham, que deu o pontapé de saída para a febre dos slasher nos anos 80 não é um filme brilhante. No entanto, é um título de significado cultural, tendo definido o template para todo um género incontornável na história do cinema de terror, e dado origem a uma sucessão de sequelas que (ao 2º capítulo) definiram um ícone: Jason Vorhees.
Menção ainda para Dig Another Grave, curta portuguesa em competição realizada por Francisco Morais e Miguel Pinto, e The Procedure 2, curta de humor escatológico por Calvin Lee Reeder.
Encontram a programação completa do Festival em https://www.motelx.org.