Filme de encerramento da edição de 2019 do MOTELX, Come to Daddy, do neo-zelandês Ant Timpson, foi uma das várias comédias macabras que animaram este festival.
Mais conhecido como produtor que como realizador – esta é apenas a sua primeira longa-metragem –, Ant Timpson realizou e co-escreveu (com Toby Harvard) uma comédia negra que logo à partida um mérito que lhe dá bases de sucesso, a interpretação de Elijah Wood.
Come to Daddy, como o nome sugere, conta-nos a história de Norval Greenwood (Wood), um homem de trinta e tal anos, algo perdido na sua vida, que acorre ao chamamento do seu pai, que não vê desde tenra idade. Só que, ao chegar, Norval começa a sentir-se deslocado, pois esse estranho pai que o recebe (Stephen McHattie), tem um comportamento pouco paternal, para dizer o mínimo.
De estranheza em estranheza, passando por conversas conflituosas, confrontos físicos e revelações surpreendentes, Norval vai ver-se submergir numa história surreal, que não domina, onde tanto pode estar a ser espetado na cara, como a partir ossos, a esconder-se na mala de um carro ou a disparar uma besta, numa fuga para a frente que parece não poder levar a lado nenhum, a não ser um aumentar do macabro e do sangrento.
Como dito atrás, o filme funciona porque Elijah Wood nos convence desde o início que pode ser um adulto a necessitar de mimos paternais, boquiaberto com acontecimentos bizarros e sempre pronto a agir, mesmo que só para tornar as coisas piores. Sem outras pretensões que não seja divertir pelo choque, Come to Daddy, cumpre na perfeição o seu objectivo, numa produção onde todos os personagens (de salientar as interpretações de Martin Donovan e Michael Smiley) parecem tão apalhaçados como verosímeis.
Review overview
Summary
Comédia macabra carregada pelo talento de Elijah Wood, Come to Daddy não tem outra pretensão que divertir pelo choque numa história quase surreal que resulta na perfeição.
Ratings in depth
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Argumento
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Interpretação
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Produção
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Realização