Mayhem conta a história de um vírus que compele as pessoas a agir segundo os seus impulsos mais selvagens que infecta uma empresa de advogados
Mayhem é um filme de 2017 de Joe Lynch que conta a história de um vírus que compele as pessoas a agir segundo os seus impulsos mais selvagens que infecta uma empresa de advogados no dia em que Derek Cho é incriminado por um erro que não cometeu e é despedido. Aproveitando a quarentena do efifício, e dado o precedente de imunidade dado às pessoas que agem sob o efeito do vírus, Derek, na companhia da cliente descontente Melanie Cross, tenta chegar ao andar superior para saldar contas com o conselho de administração. Pelo caminho, deixam um rasto de sangue e destruição conforme o caos se instala à volta deles.
Mayhem é um filme derivativo que tenta condensar um certo sentido de diversão e prazer no acto de testemunhar violência, ao mesmo tempo que nos quer dar uma lição de vida. O resultado é um cruzamento entre a anarquia cartoonesca de Gremlins 2: A Nova Geração (Joe Dante, 1990), a insatisfação e desilusão com o trabalho corporativo de O Insustentável Peso do Trabalho (Mike Judge, 1999), o gosto pela violência alimentada a adrenalina de Crank – Veneno no Sangue (Neveldine & Taylor, 2006) e o relaxamento moral de A Purga (James DeMonaco, 2013).
Um dos pontos de interesse de Mayhem é ver Steven Yeun, um nome conhecido da popular série televisiva The Walking Dead, a diversificar o seu currículo. O actor está à altura dos acontecimentos, bem como o resto do elenco a cabotinar competentemente e de acordo com o tom do material. O problema passa pela narrativa. Em primeiro lugar temos a inevitável voz-off a narrar a premissa do filme em jeito de apresentação Power Point. Depois, Lynch confunde sátira social com lições de vida e subversão com estilo ao caracterizar os heróis do filme como endeusadas máquinas de matar imparáveis e intocáveis por quem somos obrigados a simpatizar e torcer, figuras cheias da moral que o realizador nos quer impingir.
Infelizmente, esta foi uma oportunidade perdida. Ser derivativo não é mau por si só — que arte no século XXI não o é? O que é imperdoável é pegar em todas as influências e deitar pela janela um conceito potencialmente satírico e subversivo em troca de um banal filme de acção que parece equiparar o nível de violência com o nível de inteligência.
Review overview
Summary
Mayhem deita pela janela um conceito potencialmente satírico e subversivo em troca de um banal filme de acção que parece equiparar o nível de violência com o nível de inteligência.
Ratings in depth
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Argumento
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Interpretação
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Produção
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Realização