Estreias, inéditos e clássicos em 2019 na Festa do Cinema Italiano
A 12.ª edição do festival conta com os filmes italianos mais falados do último ano, bem como algumas sessões especiais e uma retrospetiva dedicada a Nanni Moretti.
Como é habitual, a Festa do Cinema Italiano contará com filmes clássicos e contemporâneos, preservando o melhor do património fílmico do país e dando a conhecer, ao mesmo tempo, o que de mais interessante ou inovador está a ser revelado na atualidade, sendo que vários filmes serão exibidos em exclusivo. É uma oportunidade para reencontrar algumas caras conhecidas ou novos talentos, numa seleção variada que poderá agradar a todos os gostos.
A secção Competitiva trará alguns dos títulos mais conceituados da nova geração de realizadores italianos, como Alberto Fasulo e Phaim Bhuiyan, numa seleção que inclui 7 filmes, que irão disputar as premiações da Festa. Já a secção Altre Visione propõe 3 filmes que surpreendem e mantêm viva a discussão sobre a constante evolução da linguagem cinematográfica: Achille Tarallo, de Antonio Capuano, Camorra, de Francesco Patierno, e Il Vizio Della Speranza, de Edoardo de Angelis. Haverá ainda a habitual selecção de curtas metragens, na secção Il Corto.
A secção Panorama inclui alguns dos títulos mais sonantes de 2018, assinados pelos realizadores italianos mais célebres do momento. Na sessão de abertura da 12.ª edição do festival será apresentado o novo filme de Paolo Virzí, realizador de Capital Humano (que foi apresentado em antestreia no certame em 2013): Noites Mágicas é uma comédia sobre o mistério à volta da morte de um conhecido produtor de cinema, nos anos finais da época de ouro do cinema italiano. Para encerrar o festival foi escolhido Euforia, segunda longa metragem da atriz Valeria Golino (a anterior, Mel, também fez parte do festival em 2014) que nos fala de um acontecimento que irá unir dois irmãos há muito tempo afastados um do outro.
Ainda na secção Panorama poderemos ver mais dezoito longas. Uma das que mais se destaca é Il Primo Re, um filme histórico sobre a fundação de Roma e a história de Rómulo e Remo, realizada por Matteo Rovere, e que é uma das produções italianas de maior orçamento dos últimos anos. Vai ser exibida também a nova investida na realização da atriz Valeria Bruni Tedeschi: I Villeggianti é uma comédia dramática sobre o conflito de uma realizadora com o fim de um relacionamento e a preparação do seu próximo projeto.
Depois de ter sido exibido comercialmente na sua versão curta como Silvio e os Outros, o festival irá exibir a versão integral deste filme de Paolo Sorrentino, com o título Loro e que fala de Silvio Berlusconi, estando dividido em duas partes. A secção irá também estrear o novo filme de Daniele Luchetti, presença assídua no certame e que estará presente na sessão: Io Sono Tempesta é a história de um empresário de sucesso que decide tomar uma jogada arriscada para obter lucro, mesmo que isso implique ir contra a lei. E entre esta vintena de títulos assinalamos ainda a antestreia de Santiago, Itália, documentário assinado pelo veterano Nanni Moretti sobre o papel da embaixada de Itália na extradição de vários opositores ao regime chileno imposto por Pinochet.
E é Nanni Moretti o centro da secção Amarcord, dedicada à revisitação dos maiores clássicos do cinema italiano. O cineasta não poderá estar presente na homenagem (por se encontrar em rodagem neste momento), mas será feita uma retrospetiva integral das suas longas metragens, sendo que também será exibida uma seleção das suas curtas ainda por anunciar. É uma oportunidade para rever filmes marcantes do percurso de Moretti, como Bianca, A Missa Acabou, Querido Diário ou o galardoado O Quarto do Filho, bem como os mais recentes Habemus Papam e Minha Mãe. Ainda na secção Amarcord poderemor rever o sucesso O Carteiro de Pablo Neruda, e ainda Temporale Rosy, filme menos visto do conceituado Mario Monicelli.
O festival irá contar com as habituais sessões e eventos especiais. Este ano destaca-se a secção especial Make Italy Great Again – Itália Não É Um País Racista, que nos traz dois filmes que querem contrariar o ambiente político extremista que hoje se vive no país, mostrando que ainda existem italianos preocupados em tornar a sua terra num lugar acolhedora para todos os que procurarem um porto seguro. Há ainda as sessões sobre A Grande Arte no Cinema, em exclusivo no UCI El Corte Inglés, bem como concertos, tributos, exposições (este ano dedicada a Monicelli) e o já tradicional Cine-Jantar, que este ano acontece pela primeira vez no Cinema São Jorge, com quatro sessões distintas.
A Festa do Cinema Italiano começará como sempre em Lisboa, de 5 a 14 de abril, com sessões espalhadas pelas salas do Cinema São Jorge, do UCI El Corte Inglés e da Cinemateca Portuguesa. Mas logo iniciará um périplo pelos mais diversos pontos do país. Coimbra é a segunda cidade a receber o evento, de 9 a 11 de abril, e seguem-lhe, já com datas marcadas até fim de maio: Almada, Porto, Setúbal, Alverca do Ribatejo, Penafiel, Moscavide, Aveiro, Viseu, Abrantes, Beja, Caldas da Rainha, Évora, Tomar e Loulé.
Em junho a festa rumará às ilhas: Funchal, Angra do Heroísmo e Santa Cruz da Graciosa receberão alguns filmes, mas as datas estão ainda por definir. Outras cidades serão anunciadas em breve, sendo que os PALOP estarão incluídos nesta digressão do cinema italiano.
Informação fornecida por: Associação Il Sorpasso
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