Quando a intenção é ser invisível
Quando estamos a ver um filme, a câmara tende a ser ‘invisível’, ou seja, é o nosso olhar enquanto nos infiltramos na vida ou no espaço de alguém. Quando procuramos fazer um filme é esse igualmente o nosso objectivo. Esse objectivo falha várias vezes pois por várias razões percebemos que ‘alguém filmou’ o que estamos a ver. Talvez a principal seja os movimentos da câmara.
As câmaras de cinema são materiais muito complexos com uma série de dispositivos que as tornam eficazes dentro dos objectivos do realizador. A chamada “câmara à mão” ou “câmara ao ombro” implica uma série de estabilizadores externos e um grande trabalho de produção depois do filme concluído.
Quando nós pegamos na máquina na mão e filmamos para onde estamos apontados o que temos no fim é uma série de imagens a tremer, desfocadas e com solavancos que dificilmente podemos aproveitar.
Uma das melhores formas de ter imagens mais interessantes é utilizar sempre um tripé.
Ajustando-se no mínimo em altura e inclinação um tripé por mais acessível que seja em termos de preço permite-nos ter uma imagem mais estável e inclusive ensaiar alguns movimentos de câmara que tornarão o filme mais interessante.
Se não for possível comprar um, o melhor será pousar a câmara em cima de cadeiras, livros, uma toalha,… algo que a mantenha imóvel. Mesmo esta solução dará resultados satisfatórios.
Quaisquer questões que tenham relacionadas com a lição podem ser respondidas enviando as perguntas para a redacção da Take Cinema Magazine (info@take.com.pt).
Boas filmagens.
Marco Laureano
Formador