Chega finalmente um dos duelos mais esperados do cinema. Zack Snyder volta a por as mãos no universo DC Comics, onde Batman e Super-Homem se defrontam pela salvação da humanidade. Com um ritmo veloz e bons visuais, o entretenimento é garantido. Mas os problemas do passado persistem em existir.
Depois dos trágicos eventos passados em Man Of Steel, Batman (Ben Affleck) o herói de Gotham desloca-se à cidade de Metropolis para investigar o porquê de Super-Homem (Henry Cavill) se estar a transformar numa ameaça para a Humanidade, quando outrora todos o consideravam um Deus no planeta Terra. O jovem e ambicioso cientista Lex Luthor (Jesse Eisenberg) determinado a vingar-se de Super-Homem tem em suas mãos um plano maquiavélico, que irá por em perigo não só os habitantes da cidade, como todo o mundo. Alguns sonhos e premonições atormentaram a mente dos dois heróis, mas cabe-lhes agora – com a ajuda de Wonder Woman (Gal Gadot) unirem-se para o dia do juízo final. E quanto a mais detalhes do plot, ficamos por aqui.
Apesar de sair da sala completamente surpreendida, é inevitável não falar nos aspectos negativos. Com uma quantidade enorme de elementos para ser abordados ao mesmo tempo, as duas horas e meia de filme, parecem ser pouco para a imensidão de temas a abordar já para não falar da duração da cena de luta final, onde Zack Snyder continua a cometer os erros de Man Of Steel, perdendo muito do impacto devido, acabando por se tornar um pouco aborrecida. É certo que há uma melhoria significativa naquilo que nos foi apresentado por Snyder anteriormente, nomeadamente na intensidade que é dada aos personagens, numa maior conceptualização de ideias e nas sequências de luta, bem coreografadas. No entanto continuaram a haver momentos em que a previsibilidade estraga o climax assim como cenas de acção em que o CGI deixa um pouco a desejar, não conseguindo atingir um bom nível de execução. A verdade é que o inicio meio que desleixado, consegue ir tomando aos poucos o ritmo certo e causando mais interesse, interesse esse que acaba por não ser constante, mas que é salvo pelos bons momentos que quase (e ressalvo quase) nos fazem esquecer os momentos menos bons.
Está na altura de dar o braço a torcer. Ben Affleck é um bom Batman. Fui uma das pessoas que não aceitou bem o facto deste papel icónico ir parar as suas mãos, mas a verdade é que ele acaba por dar uma maior profundidade e um lado muito mais dark e melancólico ao personagem, demonstrando mais amargura e exaustão, onde acompanhamos um Batman numa fase muito mais madura. Henry Cavill tem aqui a oportunidade que não teve em Man Of Steel, criando uma maior empatia com o publico. Jesse Eisenberg e o seu Lex Luther psicótico são outro dos aspectos que incomodam um pouco, pois em termos de postura e forma frenética de estar, trazem muito à memória o Joker de Heath Ledger, ao invés de se destacar sem serem necessárias comparações. Para ser sincera, Gal Gadot é a maior surpresa de todas, com uma Wonder Woman que lhe assenta na perfeição e dá um lado misterioso e mais feminino ao mundo másculo dos super-heróis. Jeremy Irons é o detentor dos momentos espirituosos do filme, aliviando a tensão com algumas linhas a puxar para o humor, com um Alfred descontraído, braço direito do seu Master Wayne. São também aspectos a ressalvar o guarda-roupa excelente, a banda sonora imponente e os cameos certos nos lugares certos, despertando o interesse para os filmes que estão para vir.
Batman v Super-Homem: O Despertar da Justiça estabelece um bom ponto de partida para o que se segue. Consegue dar-nos algumas das coisas com que se comprometeu e isso é o suficiente para ser surpreendente, mesmo assim fica a faltar mais consistência e desenvolvimento de algumas partes.
Review overview
Summary
Com um ritmo veloz e bons visuais, o entretenimento é garantido. Mas os problemas do passado persistem em existir.
Ratings in depth
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Argumento
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Interpretação
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Produção
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Realização