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Assalto ao Poder

de Ric Roman Waugh

bom

Será “Assalto ao Poder” o desfecho para a trilogia iniciada em 2013?

 

Amante incondicional das teorias de conspiração e cenas de ação dos primeiros filmes da agora trilogia: “Invasão à Casa Branca” (2013) e “Invasão a Londres” (2016), Assalto ao Poder transporta desde logo o telespetador para um ambiente há muito conhecido e com personagens já com personalidades vincadas. A banda sonora consegue ser a porta de entrada para um argumento recheado, não só de ação e conflitos entre personagens, como pegar em ameaças e questões atuais para se sustentar.

Como divulgado pelo material publicitário, um ataque de drones é o despoletar da ação que coloca as personagens de Morgan Freeman (Presidente Trumbull) e Gerard Buttler (Mike) numa cena de ação, não só moderna, como eletrizante pela bela realização de Ric Roman Waugh. Todo o ambiente gerado lança a personagem de Mike na tentativa de provar que não é o autor daqueles ataques após provas terem sido implantadas para que o parecesse. Tendo sido o único elemento dos Serviços Secretos a ficar vivo, provar a sua inocência torna-se num pesadelo que, tanto ele, como o espetador, não compreende.

Com o Presidente Trumbull a recuperar do acidente, estando em coma induzido, é no vice-presidente que recaem as suspeitas. Neste quesito o argumento não conseguiu inovar por completo, baseando-se, contudo, a fazer paralelismos com a atual presidência dos EUA.

O elenco comporta-se à altura de uma saga já tão bem instaurada no cinema, com diversos elementos de conflito e suspense que fazem com que o filme passe pelo espetador a uma velocidade alucinante. A realização, aliada a atuações soberbas, elevam a narrativa, impedido que o aborrecimento tome lugar no espírito de quem o vê.

Toda a agonia da personagem Mike consegue ser sentida nas personagens que o circundam, o que nos leva igualmente a que este procure o seu pai, dando mais substância a uma personagem que julgáramos conhecer de filmes passados. Com grande astúcia, o seu pai ajuda o filho e a sua família na procura pela verdade, conseguindo dar ao argumento um tom cómico e que alivia de toda a tensão.

A família presta este pilar que faltava para a personagem de Mike, numa altura em que o Presidente Trumbull desperta, tenha a oportunidade de se explicar. Por meio desta revolta intensa no terceiro ato, o argumento leva-nos para novas cenas de ação que colocam à prova a astúcia de Mike, que até então sofria, não só com o medo de abandonar o seu cargo para um posto de chefia superior, mas atrás de uma secretária, como em lidar com fantasmas do passado.

As transições de cenas conseguem ser elegantes ao ponto de colocarem o espetador a sofrer pelos diversos tiroteios e acrobacias passadas nas cidades americanas que dão cenário ao filme, levando ao culminar de diversos segredos e confissões. Mike compreende quem está realmente a trabalhar com o vice-presidente, sendo, talvez, dos pontos mais fracos do argumento. Sendo um filme sustentado com dois anteriores, teria sido interessante ter-se visto uma maior articulação das histórias passadas. Na verdade, isso não acontece, levando até que este terceiro filme consiga ser visto de forma independente.

Com um desfecho satisfatório e caloroso, a narrativa consegue encerrar, sem dúvida, o grande arco da personagem de Mike, quer como profissional dos Serviços Secretos, como alguém que tenta conjugar o seu trabalho de risco com a sua família. Oportunidades para filmes futuros, não faltam. Todavia, será preciso, talvez, outro intervalo de três anos para que uma história madura possa aparecer…

Review overview

Summary

“Assalto ao Poder” consegue ser, sem grande dificuldade, dos grandes filmes de ação do ano, não conseguindo, contudo, surpreender em alguns elementos, quiçá chaves, para a trilogia.

Ratings in depth

  • Argumento
  • Interpretação
  • Produção
  • Realização
3 10 bom

Comentários